Obama renova promessa a homossexuais

terça-feira, 13 de outubro de 2009

O presidente dos EUA, Barack Obama, prometeu acabar com a proibição de homossexuais servirem abertamente nas Forças Armadas do país. O anúncio foi feito na noite de ontem em um discurso para organizações GLBT (Gays, Lésbicas, Bissexuais e Transexuais) reunidas em Washington.

A notícia é de Gustavo Chacra e publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo, 11-10-2009.

"Eu terminarei o "não pergunte, não fale"", disse o líder americano em meio a aplausos de centenas de presentes. Segundo esta política, ainda vigente, militares não podem dizer que são homossexuais caso queiram permanecer no Exército, na Marinha ou na Aeronáutica. Tampouco podem ser questionados sobre as suas orientações sexuais por seus superiores.

Logo depois do discurso, houve uma divisão entre os líderes de organizações GLBT. Alguns afirmavam estar satisfeitos com a atitude de Obama. Outros disseram para a rede de TV CNN que esperavam o estabelecimento de um calendário para a eliminação da lei, que foi aprovada há 16 anos, durante o primeiro mandato do presidente Bill Clinton.

"Nós não devemos punir patriotas americanos que querem servir o país. Devemos celebrar a vontade deles em dar um passo adiante mostrando coragem, especialmente quando lutamos em duas guerras", afirmou o presidente, em um momento que o seu governo precisa decidir se enviará mais 40 mil soldados ao Afeganistão. Até hoje, 12 mil soldados foram dispensados das Forças Armadas por terem afirmado que são homossexuais.

Alguns deles possuem habilidades especiais, como fluência em árabe e outras línguas importantes do Oriente Médio e do norte da Ásia.

PEDIDO DE PACIÊNCIA

Obama acrescentou que as mudanças não serão rápidas e pediu paciência aos grupos de defesa dos direitos homossexuais para que conquistem todos os avanços necessários. "Muitos de vocês não acreditam que o progresso veio rápido o suficiente. Mas não tenham dúvida de que seguimos na direção e o objetivo será alcançado", disse o presidente, que recebeu, na sexta-feira, o Nobel da Paz.

Segundo o chefe da Casa Branca, sua expectativa "é de que um dia vocês [OS GLBT]olhem para estes anos e vejam um momento em que acabou a discriminação, seja nos seus escritórios, seja no campo de batalha". "Estou aqui com uma mensagem simples: Estou aqui para lutar com vocês", acrescentou.

Richard Socarides, que aconselhava Clinton em políticas para os homossexuais, disse para a agência de notícias Associated Press que o discurso de Obama "teve um tom forte, mas foi muito vago". Cleve Jones, um dos ativistas mais respeitados do tema, disse que Obama fez um discurso "brilhante", mas ressaltou que o presidente não respondeu à principal questão: quando a promessa será concretizada. "Ele repetiu promessas que fez antes, mas não indicou quando realizará esses objetivos - e nós já esperamos há algum tempo", afirmou Jones.

Hoje, em Washington, está prevista uma grande manifestação pelos direitos dos homossexuais. De acordo com o New York Times, os GLBT estão divididos. Há os que defendem a manutenção da política de lutar pelo casamento entre homossexuais Estado por Estado. Outros preferem levar para o âmbito nacional, aproveitando o mandato de Obama e a ampla maioria democrata no Congresso, mais inclinada a apoiar o direito dos homossexuais.

0 comentários:

Postar um comentário

 
 
 

Metas que devo cultivar diariamente:

1 - Amar a DEUS acima de todas as outras coisas.

2 - Amar o meu PRÓXIMO como a mim mesmo.