Ignacy Sachs critica venda de créditos de carbono e defende dirigíveis

sábado, 31 de outubro de 2009

Desenvolver mantendo a floresta preservada. O desafio está sendo debatido desde ontem na Estação Gasômetro, no III Encontro Anual Fórum Amazônia Sustentável, que termina hoje. Durante o evento, foi assinada uma Carta Aberta ao Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, pedindo que ele e seus ministros conclamem os demais líderes mundiais à importância da elaboração de uma acordo 'ambicioso, justo e com força de Lei', em Copenhague. Estudiosos, organizações sociais, governos, empresários e Organizações não Governamentais (Ongs) participam do evento, último realizado no Brasil antes da Conferência do Clima, no mês de dezembro, em Copenhague, na Dinamarca.

A notícia é do jornal O Liberal e reproduzida por Amazonia.org.br, 30-10-2009.

Entre os convidados de ontem, um nome que virou referência no assunto, sendo considerado mundialmente como um dos maiores especialistas em desenvolvimento sustentável: professor Ignacy Sachs, da Escola de Altos Estudos Sociais de Paris. Na ocasião, Sachs falou da importância do zoneamento ecológico-econômico; da certificação de origem de produtos; da necessidade da melhoria das condições de transporte. Sachs também criticou a venda de créditos de carbono.

'Se o meu vizinho polui e eu começo a tossir, eu não vou parar de tossir quando ele comprar um pedaço da floresta e continuar poluindo. Nós temos que resolver esses problemas através de projetos e não de programas individuais de compra ou venda de carbono', disse Ignacy Sachs, durante a palestra de abertura.

O especialista acredita que um dos caminhos para tentar resolver o problema seria avançar na política de zoneamento ecológico-econômico. Mas ele lembra da necessidade de fiscalizar a área envolvida. 'Não é suficiente fazer apenas um documento. Vamos em seguida fazer um monitoramento da execução ou não execução da área zoneada. Poderia ser o caso de se instituir um certificado obrigatório', sugeriu.

Para Sachs, outro grande problema diz respeito ao transporte. 'Toda a construção de estrada deveria ser acompanhada de um plano de aproveitamento da linha por onde essa estrada vai passar', disse o professor, que defendeu a maior utilização do transporte fluvial e, inclusive, a utilização de dirigível na região. 'Transportar produtos perecíveis da Amazônia para o Sul do país é quase insustentável', afirmou. Além de Ignacy Sachs, o Fórum contou ainda com a participação de Rubens Gomes, do Grupo de Trabalho Amazônico (GTA); do executivo Fabio Abdala, da Alcoa e do professor José Eli da Veiga, da USP.

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